No sábado, dia 14 de março, realizamos o segundo encontro de mapeamento das árvores frutíferas do campus UFMG Pampulha. Desta vez contamos com um grupo bem maior de participantes. Éramos 35 pessoas representando diversas áreas de formação: Ciências Socioambientais, Ciências Biológicas, Economia, Geografia, Música, Ciências Sociais, Odontologia, Direito, Nutrição e Engenharia Metalúrgica. Reunidos na Horta Agroflorestal do D.A. da Biologia, tomamos um café-da-manhã coletivo regado a muitas frutas.
A dinâmica do encontro se iniciou com uma “apresentação sincera” dos/as participantes, mais afetiva do que estritamente profissional, buscando revelar a trajetória pessoal de cada um e sua relação com as plantas, o campus e a proposta daquele encontro.
As falas dos/as participantes trouxeram elementos que impulsionaram o debate sobre a proposta do mapeamento: promover uma outra apropriação do espaço do campus e extrapolar os seus usos e funções tradicionais. Falou-se sobre a importância de se resgatar a relação com a natureza e de se apropriar do espaço da universidade enquanto espaço público, sob vários aspectos, subutilizado; a qualidade do microclima do campus; a potência das ações coletivas; as memórias de infância no interior, colhendo frutas no pé e do distanciamento deste tipo de experiência em decorrência da urbanização, além de outras questões, como a relação que temos com os alimentos que consumimos e com as frutas.
Após a apresentação e o debate, seguimos para uma dinâmica de familiarização com algumas árvores frutíferas muito comuns no campus. Disponibilizadas fotografias de árvores, folhas e frutos e pedimos para os/as participantes escolherem uma planta frutífera a partir destas fotografias, tentando associar a árvore ao fruto e à folha. Quase todos conseguiram identificar pelo menos uma planta através deste jogo.
Em seguida, partimos para o mapeamento em si. Nos dividimos em três grupos, escolhidos alternadamente, e o trabalho consistiu em identificar as árvores, georreferenciá-las, fotografar suas características e fazer uma breve descrição.
Depois de quase duas horas de trabalho, conseguimos mapear 93 árvores, nas seguintes áreas: ICB – Instituto de Ciências Biológicas, Reitoria e entrada da Avenida Antônio da Carlos (Bosque DGA Áreas Verdes) e Faculdade de Letras.
Ao final do mapeamento nos reunimos e conversamos um pouco sobre o que cada grupo encontrou e sobre a metodologia do mapeamento. Algumas ideias surgiram para a sistematização das informações levantadas no mapeamento, entre elas: acessar sites ou grupos do Facebook que possam auxiliar na identificação de plantas (exemplos: site detweb e grupo Hortelões Urbanos); disponibilizar placas com a o nome de cada frutífera, época da frutificação, partes comestíveis, receitas, etc.; criar plataforma no site Crowdmap para mapear as árvores online.
A Rádio UFMG conversou com o Nathan sobre o mapeamento, o áudio da entrevista está disponível aqui: