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  • 15 de dez. de 2015
  • 2 min de leitura

A Estação Ecológica da UFMG sediou nos meses de outubro e novembro de 2015 o “Curso para Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) Agroecológica na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH)”, promovido pelo AUÊ! – Estudos em Agricultura Urbana em parceria com a Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas (REDE) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (EMATER-MG). O curso é um dos desdobramentos do projeto de extensão “Metrópole em Transição: Implantação do Núcleo de Estudos em Agroecologia e Produção Orgânica (NEA/UFMG) na Região Metropolitana de Belo Horizonte”, financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério da Educação (MEC), Ministério da Pesca e Agricultura (MPA) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), através da Chamada Nº 81/2013.

O Curso teve como objetivos a construção coletiva de uma visão geral das agriculturas na metrópole e uma proposta de ATER para a RMBH orientada pelos princípios da agroecologia, considerando as especificidades das práticas e da dinâmica territorial da região, além do fortalecimento das redes de relações entre os atores que atuam com a transição agroecológica na RMBH e da indicação de propostas para uma agenda de ação e de pesquisa para a qualificação da ATER agroecológica na região.


Os três módulos contaram com a participação de técnicas/os de ATER, representantes da sociedade civil e de instituições estatais que atuam nessa área, acadêmicas/os e representantes de organizações agrícolas.

Algumas atividades foram elencadas para a criação de uma agenda integrada de ações e pesquisas sobre a agroecologia na RMBH:


  • Sensibilização da sociedade e gestores sobre a agroecologia na RMBH: publicação com a divulgação da sistematização de informações sobre a agricultura na RMBH realizada no âmbito do AUÊ!/NEA em parceria com EMATER e REDE (e outros parceiros interessados, como Agência Metropolitana, CAISA, SEDA, etc);

  • Constituição de um fórum/GT/articulação com organizações de pesquisa, governo e sociedade civil sobre agroecologia, agricultura urbana, agricultura familiar na RMBH (à princípio manifestaram interesse em participar: AUÊ!/UFMG, REDE, EMATER, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agrário – SEDA, Agencia Metropolitana, da CAISAN, Comunidade que Sustenta a Agricultura – CSA, Kaipora/UEMG, mas foram indicadas outras organizações relevantes);

  • Colaboração na organização da edição do Diálogos Metropolitanos sobre a agricultura na RMBH;

  • Colaboração da redação do documento que a Agencia vai elaborar para orientar os municípios na revisão dos planos diretores em 2016 e 2016;

  • Continuidade do processo de caracterização e mapeamento de experiências na RMBH;

  • Organização de Caravanas Agroecológicas ao longo dos 06 vetores de expansão metropolitana (Norte, Noroeste, Oeste, Sudoeste, Sul, Leste) para promover o encontro de agricultores e agricultoras da RMBH;

  • Capacitação e formação em agrocoecologia para agricultores/as e técnicas/os;

  • Organização de um Encontro de agricultoras/os agroecológicas/os;

  • Definição de uma pauta prioritária de reivindicações e formalização de uma agenda para setores do Governo de Minas e de diálogo com organizações e redes atuantes no estado (FETAEMG, AMAU, IMA, etc);

  • Articulação interna para dentro do governo (no âmbito da CTAPO? CPORG? CEDRAF?) e definição dos espaços prioritários;

  • Programa Nacional para Redução do Uso de Agrotóxicos – PRONARA na RMBH;

  • Comercialização, feiras, etc.




  • 15 de mar. de 2015
  • 2 min de leitura

No sábado, dia 14 de março, realizamos o segundo encontro de mapeamento das árvores frutíferas do campus UFMG Pampulha. Desta vez contamos com um grupo bem maior de participantes. Éramos 35 pessoas representando diversas áreas de formação: Ciências Socioambientais, Ciências Biológicas, Economia, Geografia, Música, Ciências Sociais, Odontologia, Direito, Nutrição e Engenharia Metalúrgica. Reunidos na Horta Agroflorestal do D.A. da Biologia, tomamos um café-da-manhã coletivo regado a muitas frutas.

A dinâmica do encontro se iniciou com uma “apresentação sincera” dos/as participantes, mais afetiva do que estritamente profissional, buscando revelar a trajetória pessoal de cada um e sua relação com as plantas, o campus e a proposta daquele encontro.

As falas dos/as participantes trouxeram elementos que impulsionaram o debate sobre a proposta do mapeamento: promover uma outra apropriação do espaço do campus e extrapolar os seus usos e funções tradicionais. Falou-se sobre a importância de se resgatar a relação com a natureza e de se apropriar do espaço da universidade enquanto espaço público, sob vários aspectos, subutilizado; a qualidade do microclima do campus; a potência das ações coletivas; as memórias de infância no interior, colhendo frutas no pé e do distanciamento deste tipo de experiência em decorrência da urbanização, além de outras questões, como a relação que temos com os alimentos que consumimos e com as frutas.


Após a apresentação e o debate, seguimos para uma dinâmica de familiarização com algumas árvores frutíferas muito comuns no campus. Disponibilizadas fotografias de árvores, folhas e frutos e pedimos para os/as participantes escolherem uma planta frutífera a partir destas fotografias, tentando associar a árvore ao fruto e à folha. Quase todos conseguiram identificar pelo menos uma planta através deste jogo.



Em seguida, partimos para o mapeamento em si. Nos dividimos em três grupos, escolhidos alternadamente, e o trabalho consistiu em identificar as árvores, georreferenciá-las, fotografar suas características e fazer uma breve descrição.



Depois de quase duas horas de trabalho, conseguimos mapear 93 árvores, nas seguintes áreas: ICB – Instituto de Ciências Biológicas, Reitoria e entrada da Avenida Antônio da Carlos (Bosque DGA Áreas Verdes) e Faculdade de Letras.


Ao final do mapeamento nos reunimos e conversamos um pouco sobre o que cada grupo encontrou e sobre a metodologia do mapeamento. Algumas ideias surgiram para a sistematização das informações levantadas no mapeamento, entre elas: acessar sites ou grupos do Facebook que possam auxiliar na identificação de plantas (exemplos: site detweb e grupo Hortelões Urbanos); disponibilizar placas com a o nome de cada frutífera, época da frutificação, partes comestíveis, receitas, etc.; criar plataforma no site Crowdmap para mapear as árvores online.


A Rádio UFMG conversou com o Nathan sobre o mapeamento, o áudio da entrevista está disponível aqui:



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